sábado, 4 de outubro de 2008

Tudo o que uma estréia precisa

esq p/ dir: Alexandre Primo, Rafael Casado, Bruno Gaspar, André Brito e Marcio Beck

Pois é, estreamos.

Teve tudo que uma primeira pisada no palco precisa pra valer. Desencontros nas músicas ensaiadas com afinco há meses, equipamentos que trazem 'surpresas' indesejáveis, além de fotos e gravações que se tornarão motivos de risada dos integrantes da banda ainda por algumas décadas.

Teve também 45 minutos das músicas músicas próprias que vem sendo trabalhadas pela banda nos últimos meses, que misturam blues, rock, country, folk e até heavy metal. No setlist da banda DOSE LETAL, as nove composições se juntaram a três covers de rock n' roll das décadas 60/70, de estilos variados.

E acima de tudo, teve um público que, se não impressionou pela quantidade (cerca de 50 pessoas), mostrou que foi ao bar Brasil Legal no último dia 20/9 para curtir o som que tínhamos a apresentar do album DL100, que estamos produzindo. E mostrar apoio, até no nível pessoal, ao projeto que embarcamos em março de 2007 e que sofreu tantas reviravoltas nos últimos meses.

O grupo subiu ao palco por volta das 22h ('apenas' duas horas de atraso), para apresentar Gaiola, Não Mais, Prodigal Son, Correnteza, Meu caminho, Memory, Zumbi, Bela e Vendaval, além de Secret Agent Man (Johnny Rivers), Sunshine of your love (Cream) e Pinball Wizard (The Who).

As reviravoltas foram resumidas pelo compositor e guitarrista Alexandre Primo, na pausa perto no fim da apresentação – antes da música 'Vendaval'. Nos últimos três meses, a banda perdeu um integrante - o baterista, Leonardo Souza, o Tubarão, morto em junho - e ganhou uma 'sobrinha' - a filha do tecladista, Léo Vizeu, nascida em setembro.

Lembrando que o próprio Tubarão era o que mais vinha correndo atrás para fazermos shows, foi no espírito de 'a vida continua' que decidimos manter a data da apresentação, ainda que nos custasse apresentar o produto (as músicas) em forma não-lapidada. Foi necessário, também, adaptarmos os arranjos para um novo formato.

Apresentamos as músicas ao baterista André Brito, músico profissional e professor de conservatório, que soube por conhecidos em comum dos nossos percalços; ele topou cobrar um preço simbólico para assumir as baquetas nessa estréia. Nos ensaios, a bateria ficou a cargo do vocalista Bruno Gaspar.

Para preencher o espaço que caberia ao tecladista nas músicas, o baixista Marcio Beck recorreu a Rafael Casado, guitarrista da banda de heavy Lua Negra e de um projeto paralelo dos dois com outros amigos, ainda não lançado. Casado dividiu com Primo as bases e solos, ao longo do show.

Como a banda acabou conhecendo o batera a menos de uma hora da apresentação, uma boa dose de improviso foi necessária para contornar a falta de entrosamento. Um desse momentos rendeu até um entusiasmado solo do convidado. Fechando a noite, a banda BASE4 também mostrou seu trabalho autoral, seguindo a vertente blues/rock, além de covers de músicos como B. B. King e Celso Blues Boy.

As próximas apresentações da banda DOSE LETAL estão sendo marcadas, e devem ocorrer, além de Niterói, em espaços no Rio de Janeiro.