quarta-feira, 30 de julho de 2008

Um amigo a menos

Só pensava: "Meu amigo morreu".
Quando dava a notícia a quem não o conhecia, mas havia escutado registros dos nossos ensaios, falava:
"Meu baterista morreu".
Então me perguntaram:
"E agora?"
O primeiro pensamento foi que tinha acabado.
Mas vieram outras perguntas.
"E o show?"
"Conhece algum outro batera?"
E mais de uma pessoa disse conhecer um cara que tocava, que tinha alguém pelo menos pro show marcado, e coisa e tal.
Não gostei. O cara era parceiro, não achei certo o clima de "bola pra frente" e ir logo pensando em como ia substitui-lo na banda.
As perguntas continuaram.
Podia me confortar com um pensamento tipo: "Se ele estivesse aqui, gostaria que continuássemos".
Só que, de fato, ele não está aqui e nunca irei saber o que ele realmente gostaria.
E as perguntas continuaram.
Percebi algo: a preocupação com a banda, acima da preocupação com os músicos.
Não importa mais se sou eu, o Léo, qualquer outro. Pra gente era diversão, pra quem ouvia era música - e a música não se resume apenas aos músicos.
A gente mal começou. Vamos acertar as coisas, lamber as feridas e continuar. Pela música, porque ele tinha alma de músico.
O Léo vai fazer muita falta.

- Alexandre Primo

Nota de pesar


Leonardo Souza
(1974-2008)


A empolgação com o início da divulgação da banda e a marcação da estréia foi cortada bruscamente com um telefonema, no fim da tarde deesta segunda-feira (dia 28).

Nosso querido amigo Leonardo Souza, de 34 anos, morreu num acidente de mergulho, na Baía de Guanabara. Biólogo marinho por formação, trabalhava como mergulhador em uma empresa prestadora de serviços.

Profissão de risco, mas ele adorava. Seu xará na banda, o tecladista Léo Vizeu, chegou a tentar convencê-lo a dar aulas, algo bem mais sossegado. Rejeitou a idéia de imediato, claro. "Isso é minha vida", dizia.

Nas horas vagas, colocava a voz (tenor) para 'malhar' em um coral, fazia pós-graduação... e ainda encontrava tempo e disposição para realizar trabalhos assistenciais com pessoas pobres.

É clichê dizer que foi um grande choque para todos nós, que havíamos ensaiado com ele na manhã do dia anterior. Como é clichê dizer que ele partiu fazendo o que gostava e não devemos ficar tristes. Como os clichês só são clichês porque são verdadeiros...

A banda decidiu manter a data da apresentação, para a qual o Léo tanto havia se esforçado para concretizar.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

1º show no dia 20/9

A banda DOSE LETAL fará sua primeira apresentação ao vivo no Bar Brasil Legal, no bairro do Barreto, em Niterói, no próximo mês. Na mesma noite, shows com os grupos PUBLICAMENTE IMPUROS e CAFEÍNA LIBERTÁRIA.

O QUE: Show com as bandas Dose Letal, Publicamente Impuros e Cafeína Libertária
QUANDO: 20/09/08, às 19h
ONDE: Bar Brasil Legal (antigo Som Brasil), na Rua General Castrioto, 483, Barreto, Niterói (RJ)

O que é e como surgiu o DOSE LETAL

Um projeto intimista de blues que virou um grupo de rock ácido e viciante.

Criada em 2007, a banda DOSE LETAL é formada por Alexandre Primo de Souza (guitarra), Bruno Gaspar (voz e gaita), Marcio Beck (baixo), Léo Lanterna Vizeu (teclados) e Léo Tubarão Souza (bateria). A diversidade das influências musicais dos integrantes se destaca nas composições, que trazem elementos de blues, rock, clássico, folk, funk, entre outros.

Inicialmente, seria um trio com o único objetivo de gravar em estúdio. No final de 2005, o contista e poeta Alexandre havia tirado da gaveta algumas letras já musicadas, e queria registrar versões definitivas delas. Depois de alguma insistência, Marcio criou coragem para participar da empreitada.

Com as bases das principais músicas acertadas, a dupla partiu em busca de instrumentistas para completar o som que imaginavam. Acabaram encontrando – primeiro, Bruno e Léo Souza e, mais tarde, Léo Vizeu – instrumentistas que o transformaram em algo mais , mas sem perder a personalidade. Deixaram lembranças, nesse processo, as passagens de Luciene Aragon (baixo) e Fabrício Yuri (guitarra).

Os resultados, com mais velocidade, pegada e harmonia, levaram o grupo, do Rio de Janeiro, a planejar também apresentações ao vivo e trabalhar novas composições, que serão reunidas em CD, intitulado (provisoriamente) DL100.

Quem são os integrantes do DOSE LETAL

ALEXANDRE Primo
GUITARRA

Comecei a aprender com violões emprestados porque não tinha dinheiro pra comprar um. Fiz escambo pra conseguir uma guitarra no pior estilo 'pau-elétrico' no mercado de peixe. É, mercado de peixe. Não me perguntem como. Comecei o curso da Villa-Lobos mas larguei, tive aulas particulares aqui e ali, li revistas... o resto foi na marra, mesmo.

Meus sons de referência são blues, gótico dos anos 80, flamenco, rock e qualquer coisa com atmosfera soturna/depressiva.


Outras atividades: escritor


BRUNO GASPAR
VOZ/GAITA

Senhores, sinto saudade dos velhos e bons anos do mimeógrafo, em que fazíamos jornaizinhos para difamar os colegas. A coisa hoje é muito burocrática. É Orkut, websaite... antigamente, roquenrrou eram três acordes e pau no lombo! Agora a gente tem que ter 'perfil'... é uma tentação dizer que perfil é a puta que pariu, mas a gente tem que viver os novos tempos. Até na minha caverna tem essa porra de internete, fazer o quê? Eu acho que ninguém vai abrir essa página, mas por que não colocar algo mais original, tipo, uma frase que o represente: Lex Luthor - Guitarra - "Rapadura é doce, mas não é mole" (Gandhi). Até por que bluseiro que se preze não freqüenta Villa-Lobos e muito menos tem professor particular. Isso não se diz por aí! A gente diz que aprendeu no presídio ou na escola da vida...

Ah, também sou vocalista de uma banda cover do Kiss. As inspirações são os reis Roberto Carlos e Elvis, além de Tim Maia, o povo da Disco dos anos 70 e Johnny Cash.


Outras atividades: ambientalista


MARCIO BECK
BAIXO

Sempre fui apaixonado por guitarra, mas só tomei vergonha pra tentar tocar já com 18 anos. Desanimei das aulas, achando que nunca ia aprender (nem estava tão errado assim, no fim das contas) e depois retomei por conta própria. Quando começamos a banda, eu vinha fazendo uma guitarra-base safada, rezando pra ninguém me perceber lá fundo e tentando lembrar como é que eu fui deixar o Alexandre me convencer a embarcar nessa. Isso até que ficamos sem baixista, e aí sobrou pra mim. Bom... pelo menos, o baixo, em cada platéia de 100 pessoas, tem no máximo uns 10 que identificam que som produz.

Minhas músicas preferidas são os temas clássicos de jazz e blues das décadas de 1920 a 1960, os inventores da coisa toda, como Django Reinhardt, Barney Kessel, Chet Atkins, T-Bone Walker, Robert Johnson, e um ou outro instrumentista moderno – geralmente os virtuosos (gosto de me humilhar assistindo), como Steve Vai, Larry Coryell, Paco de Lucia e Jaco Pastorius.


Outras atividades: jornalista


THYEDRO CRUZ
BAIXO

Baixista com estrada em heavy metal, como na banda SCARLET HORIZON.

Outras atividades: médico

LEANDRO ESTEVES
BATERIA

Baterista também da banda Panela do Raul que toca covers dos 'lados B' do Raulzito

Outras atividades: historiador
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PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:

Rafael Casado - GUITARRA (show 20/set/2008)
André Brito - BATERIA (show 20/set/2008)
Leonardo Vizeu, "Lanterna" - TECLADOS (nas teclas de 2008 a jun/2009)
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IN MEMORIAN:

LÉO Tubarão SOUZA
BATERIA

Sou ritmista por natureza. Depois das caixas de sapatos e latas de biscoito, minha primeira 'bateria' foi um conjunto de panelas, tampas e baldes. Formei a primeira banda (Rabo de Raposa) na adolescência, com um amigo de infância que viria o guitarrista. Sendo autodidata, procuro sempre aprender, não deixar de ouvir sons de diferentes origens e formações, nas harmonias mais variadas possíveis.

Considero minhas influências principais o rock n' roll, underground, rock garagem, rock brasileiro anos 70/80, bem como o blues e os diversos ritmos brasileiros.


Outras atividades: biólogo marinho e mergulhador